Wednesday, February 14, 2007

No words.

Para ser grande, Sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
Fernando Pessoa.

Motivo pelo qual tenho medo de sonhos.

Hoje eu tive o sonho mais legal da minha vida. Eu não sou de sonhar muito, mesmo por que tenho medo de sonhos. Avisos de catástrofes, gravidez, mudança de cidade, e principalemte aqueles sonhos que sempre eu caio num buraco sem fundo e acordo na sala de aula me debatendo na cadeira. Ninguém percebe. Mas hoje sonhei, e foi o sonho mais estranho da minha vida. Eu não me lembro muito bem do começo, mas eu me lembro que já era casada. Sim, casada. E olha que não é só por isso que esse sonho é tão esquisito, acreditem. Bem, eu sou casada e meu digníssimo marido, Willian (ó, que surpresa!) é um cientista.
Uma explosão acontece em seu laboratório enquanto ele realizada um de seus experimentos e pimba! Todos os elementos da tabela periódica entram em seu corpo, sangue, ossos em meio super herói meio cientista maluco. Os super-poderes do Willian é que ele conseguia entender todos os idiomas do mundo (sonho de uma estudante de letras) e também ele mudava de cor. O corpo dele reagia quando entrava em contato com algum desses elementos de acordo com sua cor na tabela periódia.( Eu jamais teria imaginação pra elaborar alguma coisa desse tipo se não fosse em um sonho. ) Por exemplo: Se o Will ficasse perto de potássio (K) que na tabela(na minha) é representada pela cor verde, pronto... Lá estava o Hulk. Se ele chegasse perto de ouro (AG) que na tabela é representado pela cor azul, lá estava o sub zero, sem o gelo, claro, só com a cor. E assim por diante.
Todos os dias dar bom dia à um camaleão era uma coisa corriqueira da minha vida e da vida dos mexicanos que moravam conosco. Esses mexicanos gritões apareceram do meio do sonho pra frente, sem nenhuma explicação, comiam guacamole, e todos eles tinham bigode. Inclusive as mulheres.
Um certo dia, a Maria Mercedez do meu sonho falou com su Carlos Eduardo que "nerrecitaba de algo que toda mujer nerrecita", se referindo a um absorvente. E o Will, que era um hombre mui letrado, que entendia todas as línguas do mundo, inclusive o quase ininteligível espanhol mexicano, entrou em pânico por não saber o que era essa coisa que todas as mulheres precisavam tanto. Pois bem.
O homem entrou em seu quarto a noite decidido a só sair de lá quando obtivesse a resposta desse mistério com seus inúmeros cauculos e experiêcias extraordinárias. Passou a noite toda pensando. Pensou.....Pensou.......Pensou...
Pensou tanto que envelhecera 50 anos em uma só noite de estudos. Meu amor tinha uma aparência de 70 anos!!!
Se fosse só um velho, não estaria tão ruim. Era um velho de 70 anos um tanto assanhadinho. Eu disse assanhadinho?? TARADO!!! Não preciso dizer a que conlusão ele havia chegado em sua pesquisa sobre "o que toda mulher precisa" mediante ao seu atual comportamento. Enquanto eu lamentava sobre a aparência dele, ele vinha com assovios e beijocas, assistiamos a Shrek.
Graças a Deus acordei.


Conclusão: É isso que a distância faz com as pessoas.

Saturday, February 10, 2007

A distância é terrível.
É a melhor amiga da solidão, causadora mór das contas telefônicas exorbitantes, e conseqüentemente motivo de várias broncas dadas pelo meu pai.
É razão pra crises de choro, inclusive o último post foi melancólicamente escrito por causa disso. E que nenhum adepto do estilo (d)emo jamais leia aquilo, não quero ser motivo de suicídio.
A conseqüencia direta da distância (das pessoas amadas) é a saudade, que gera uma certa anomalia no ser saudoso. Pra vocês verem, agora eu dei de escrever cartas perfumadas, emails românticos e bilhetinhos carinhosos para as minhas amigas que nem longe estão. É um distúrbio comportamental irreversível. Tsc, tsc, tsc.
Mas como boa jocumeira que sou, aprendi a tirar de tudo, algo bom. Minha mãe sempre diz uma coisa que normalmente me irrita muito, mas que é verdade: Sempre fazer de meus limões uma boa limonada. Que nervoso que dá quando ela vê que alguém pisou na bola feio comigo, e diz ironicamente: é o teu limãozinho...
Mas vamos lá para a parte menos ruim da distância. Depois.

Friday, February 09, 2007

Sobre o choro.

Uma crise de choro não se caracteriza apenas pelo choro (compulsivo). Não senhor.
É revelado ora pela ausência de motivos, ora pelos muitos motivos que não são relacionados entre si.
Uma vez que se desata o choro, ele cria vida própria, com pensamentos próprios e sentimentos. O choro não quer ter fim nunca, independente se ainda existe tristeza pra se chorar ou não.
As vezes se chora de alegria, e quando é assim, quase sempre é por gratidão, mas também pode ser por um reencontro ou uma despedida. Sim, despedidas, em alguns raríssimos casos podem trazer alegria. (=-o)
O pior choro é o do esquecimento, o da saudade dói muito, mas o da solidão é o pior deles.
É bom chorar ás vezes. Enquanto aquela gota salgada e morna escorre pelo nariz vermelho e lábios inchados, sai também aquilo que enforcava.
Quem dera se as pesoas parassem pra chorar.Por arrependimento, gratidão; de tristeza, de saudade; de medo, por reencontros;
Oxalá houvesse mais choro.
"Bem aventurado aqueles que choram, porque serão consolados."
Meu papel higiênico abacou.

Wednesday, February 07, 2007

Olha que legal.

Numa canção eles dizem:

"Abro mão dos meus sonhos, da minha vida, das riquezas" e na outra eles voltam a trás e pedem "Restitui, eu quero de volta o que é meu!!"

Uai! Ou dá ou não dá, caramba!